AMIGAS DO VINHO

AMIGAS DO VINHO
MINHA DOCE MISSÃO A Confraria Amigas do Vinho foi fundada no dia 2 de agosto de 2003. É um confraria nacional, virtual, mas com encontros presenciais. A Confraria Amigas do Vinho é registrada, inclusive seu domínio e a sua logomarca. Nossa proposta é proporcionar encontros entre mulheres que apreciam degustar vinhos, de forma moderada, lúdica e descontraída. Nesses encontros, além de degustarmos vinhos também desfrutamos do intercâmbio pessoal, profissional, cultural e educacional.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Ocê gósdevinho ? Degustação de vinho em Minas

Piadinha boa para a semana:

Hummm...
-Eca!!!
- Eca?! Quem falou Eca? 
- Fui eu, sô! O senhor num acha que êsse vinho tá com um gostim estranho?
- Que é isso?! Ele lembra frutas secas adamascadas, com leve toque de trufas brancas, revelando um retrogosto persistente, mas sutil, que enevoa as papilas de lembranças tropicais atávicas... 
- Putaquepariu sô! E o senhor cheirou isso tudo aí no copo?!
- Claro! Sou um enólogo laureado. E o senhor? 
- Cebesta, eu não! Sou isso não senhor!! Mas que isso aqui tá me cheirando iguarzinho à minha egüinha Gertrudes depois da chuva, lá isso tá!
- Ai, que heresia! Valei-me São Mouton Rothschild! - O senhor me desculpe, mas eu vi o senhor sacudindo o copo e enfiando o narigão lá dentro. O senhor tá gripado, é?
- Não, meu amigo, são técnicas internacionais de degustação entende? Caso queira, posso ser seu mestre na arte enológica. O senhor aprenderá como  segurar a garrafa, sacar a rolha, escolher a taça, deitar o vinho e, então... - E intão moiá o biscoito, né? Tô fora, seu frutinha adamascada!- O querido não entendeu. O que eu quero é introduzi-lo no... 
- Mais num vai introduzi mais é nunca! Desafasta, coisa ruim! 
- Calma! O senhor precisa conhecer nosso grupo de degustação. Hoje, por exemplo, vamos apreciar uns franceses jovens... 
- Hã-hã... Eu sabia que tinha francês nessa história lazarenta... 
- O senhor poderia começar com um Beaujolais! 
- Num beijo lê, nem beijo lá! Eu sô é home, safardana!
- Então, que tal um mais encorpado? 
- Óia lá, ocê tá brincano com fogo...
- Ou, então, um suave fresco! 
- Seu moço, tome tento, que a minha mão já tá coçando de vontade de meter um tapa na sua cara desavergonhada! 
- Já sei: iniciemos com um brut, curto e duro. O senhor vai gostar! 
- Num vô não, fio de um cão! Mas num vô, messs! Num é questão de tamanho e firmeza, não, seu fióte de brabuleta. Meu negócio é outro, qui inté rima com brabuleta... 
- Então, vejamos, que tal um aveludado e escorregadio? 
- E que tal a mão no pédovido, hein, seu fióte de Belzebu?
- Pra que esse nervosismo todo? Já sei, o senhor prefere um duro e macio, acertei? 
- Eu é qui vô acertá um tapão nas suas venta, cão sarnento! Engulidô de rôia!- Mole e redondo, com bouquet forte? - Agora, ocê pulô o corguim! E é um... e é dois... e é treis! Num corre, não, fiodaputa! Vorta aqui que eu te arrebento, sua bicha fedorenta!...

Luiz Fernando Veríssimo

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